segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Máquinas do PAC 2 chegam a mais seis municípios de Mato Grosso do Sul


Andrea Farias/MDA
Os agricultores familiares de mais seis municípios de Mato Grosso do Sul terão o escoamento de sua produção facilitado a partir desta segunda-feira (25), quando os respectivos prefeitos irão receber máquinas retroescavadeiras da segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2). 

A ação do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) será realizada em Amambai, localizada a 421 km de Campo Grande, capital do estado.

Os prefeitos de Paranhos, Antônio João, Aral Moreira, Coronel Sapucaia e Laguna Carapã, além de Amambai, receberão as máquinas, às 10h30, na Avenida Pedro Manvailer, esquina com Cassiano Marcelo. Mais de 32 mil pessoas serão beneficiadas diretamente com essa ação do MDA, entre elas 1,3 mil agricultores familiares.

O maquinário é destinado a construir e melhorar estradas vicinais, que fazem a ligação entre meio rural e área urbana, para facilitar o transporte da produção da agricultura familiar. O investimento nesses equipamentos é de R$ 976 mil.

Segundo o prefeito de Antônio João, Celso Lozano, o município não teria recursos disponíveis para adquirir uma retroescavadeira. Ele garante que ela será importante para o desenvolvimento da região. “Essa máquina é de uma necessidade primordial. Não temos uma máquina dessa natureza. Acredito que ela vai resolver muitos problemas que temos aqui no município.”

Os problemas nas estradas vicinais alertados por Celso, em sua maioria, foram causados pelas fortes chuvas dos últimos meses. Para ele, as estradas em melhor condição vão elevar a comercialização de produtos da agricultura familiar. “Estradas boas facilitam o transporte, aumentam o ganho do agricultor e melhoram o diálogo entre vendedor e comprador”, assegura Lozano.

Celso também conta que a máquina vai facilitar muito o acesso dos produtores aos grandes mercados, outro problema encontrado por agricultores familiares da região. “O nosso produto vai se tornar mais competitivo frente aos que vêm de outros mercados, outros municípios. E tem outro quesito melhor ainda. Vamos poder mandar os nossos produtos para municípios vizinhos”, finaliza.

“A gente espera que melhore bastante”
Adelino Siqueira Filho, o Beto, tem 40 anos e é agricultor familiar em Antônio João. Na Chácara Siqueira, que possui 4,5 hectares, Beto cultiva hortaliças como repolho, tomate e pimentão. Ele espera que a situação das estradas melhore para poder comercializar melhor os seus produtos. “Hoje, com essas estradas, não tem como o comprador chegar à lavoura. Por conta da chuva, as vias estão muito danificadas. A gente espera que melhore bastante e que isso ajude quem mora no campo”, explica.

Beto é casado e tem cinco filhos. A renda de R$ 1,6 mil obtida com a venda das hortaliças a mercados da região dá para sustentar a família e pagar as prestações da propriedade, conseguida por meio do Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF), gerido pelo MDA. Ele acredita que a máquina possa ser usada em outros serviços que o município precisa. “A gente está precisando de um açude para peixes. O prefeito disse que a máquina pode fazer. Então, a gente torce para que ela chegue logo”, comemora.

Esta é a terceira entrega no estado, somente em 2013. Na primeira, em Rio Verde de Mato Grosso, foram doadas 14 máquinas a municípios do estado. A outra ocorreu em Inocência e beneficiou oito municípios. Há ainda uma quarta entrega no estado, marcada para Ladário, no dia 04 de março.

Segundo o delegado do MDA no estado, João Batista dos Santos, o João Grandão, em 2013, as quatro entregas beneficiarão mais de 120 mil habitantes rurais e 8,8 mil agricultores familiares. “Essas máquinas são fundamentais. Quando você consegue artifícios para melhorar as estradas, você barateia custos com transporte e agrega valor aos produtos”, salienta.

Data: segunda-feira (25) 
Local: Av. Pedro Manvailer, esquina com Cassiano Marcelo, no município de Amambai. 
Horário: 10h30 
Municípios contemplados: Amambai, Antonio João, Aral Moreira, Coronel Sapucaia, Paranhos e Laguna Carapã.

via Ascom MDA

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Cooperação entre FAO e Embrapa será ampliada


Ampliar a cooperação entre a Embrapa e a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) para maximizar a cooperação técnico-científica e assistência técnica com os países do Terceiro Mundo, em especial a África. Com esse objetivo, o presidente da Embrapa, Maurício Lopes, assina, na segunda-feira (25), na sede da FAO, em Roma, um acordo que além de expandir as iniciativas de Cooperação Sul-Sul, vai agilizar o intercâmbio entre as duas instituições e fortalecer o relacionamento com outras instituições sediadas na Europa.

"A Embrapa tem o maior conhecimento sobre agricultura tropical do mundo e todo esse conhecimento deve ser partilhado com os países que necessitam promover a segurança alimentar e o manejo sustentável de recursos naturais", enfatiza Lopes. Segundo ele, a Embrapa dispõe de conhecimento e competência para viabilizar a agricultura de alimentos, fibras e energia em solos tropicais do mundo inteiro. 

Para acelerar os resultados da ampliação do convênio, um pesquisador sênior e escolhido por meio de seleção pública ficará alocado em Roma. O trabalho dele será estabelecer uma ponte entre a pesquisa brasileira e as necessidades dos técnicos e pequenos produtores daqueles países. 

Ao mesmo tempo em que a Empresa leva sua contribuição aos países pobres, poderá utilizar a infraestrutura  que a FAO implantou em diferentes países, especialmente no continente africano, para desenvolver novas pesquisas.

via Rosângela Evangelista da Silva | Secom/Embrapa

Conab vai estabelecer preço mínimo para algodão colorido


A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) está levantando informações para estabelecer o custo de produção do algodão colorido e implantar a Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM) para a cultura. O objetivo é promover a estabilização da cadeia produtiva assegurando a garantia de compra aos produtores da fibra. A previsão dos técnicos da Conab é que a PGPM do algodão colorido seja inserida até o mês de abril.

Para realizar o cálculo do custo de produção do algodão colorido no estado da Paraíba, técnicos da Conab visitaram municípios produtores na última semana. Na ocasião, eles se reuniram com agricultores e representantes de cooperativas agrícolas, da Embrapa Algodão e da Emater, além de agentes financeiros.

Entre as informações solicitadas estão a disponibilidade de sementes, área plantada no passado, área, produção e produtividade nos últimos cinco anos. Após a finalização do estudo, será enviada uma proposta de preço mínimo para os ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e da Fazenda.

Durante o encontro com os profissionais da Embrapa Algodão o gerente de Fibras e Produtos Especiais e Regionais da Conab, Djalma Fernandes, explicou que a política de preço mínimo deve contribuir para alavancar a cadeia produtiva do algodão colorido. “Com essa política o produtor terá um colchão, uma garantia mínima de preço e isso será muito bom, pois ele irá se sentir seguro para plantar, além de impulsionar a cadeia por meio dessa participação do governo”, analisou.

O gerente de Custos de Produção da Conab, Asdrúbal Jacobina, também acredita que a definição de um preço mínimo terá impacto positivo no mercado. “O agricultor já sabe que com o preço mínimo, mesmo que ele não consiga comercializar sua produção, poderá vender para o governo. Então, se o preço de mercado tiver abaixo do preço mínimo e anunciarmos que iremos atuar no mercado, o preço já sobe e aí a iniciativa privada aumenta seu preço. Muitas vezes, não é necessária a intervenção governamental, pois próprio o mercado se ajusta”, afirmou.

O representante da Associação da Indústria do Vestuário da Paraíba, Napoleão Nunes, espera que com a inserção do algodão colorido na PGPM não falte mais matéria-prima para a industrial têxtil. “Nós que estamos na ponta da cadeia sofremos muito com a falta do material. Dessa forma, esperamos que com o preço mínimo sendo estabelecido, o produtor volte a ser incentivado a produzir e consequentemente não faltará material na cadeia”, declarou.

Segundo dados apurados pela Conab a área plantada com algodão colorido na Paraíba já chegou a cerca de 1.800 hectares, em 2001, mas, nos cinco últimos anos essa área se estabilizou em torno de 400 hectares (com exceção da última safra que, em função da seca, foi de apenas 60 hectares).

por Edna Santos | Embrapa Algodão 
via Rosângela Evangelista da Silva | Secom Embrapa

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

FEMAGRI 2013 traz novidades para a mecanização da lavoura de café


Com mais de 80% dos espaços comercializados, Feira de insumos e maquinário agrícola da Cooxupé terá empresas importantes do setor que apresentarão novidades aos visitantes

Derriçador Manual para Café DCM-12 é uma das novidades para mecanização da lavoura - Divulgação

Organizada pela COOXUPÉ – cooperativa de produtores de café com sede em Guaxupé (MG), a 12ª edição da FEMAGRI (Feira de Máquinas, Implementos e Insumos Agrícolas) está com mais de 80% do espaço comercializado para empresas que irão trazer novidades aos cafeicultores sobre a mecanização da agricultura cafeeira. Com o tema “Manejo mecanizado, gerando resultados”, a feira acontece de 13 a 15 de março, em Guaxupé.

Com um aumento na estrutura de mais de 40% com relação à feira de 2012, a FEMAGRI terá neste ano 141 estandes. Neles, muitas novidades e soluções serão oferecidas aos cafeicultores como, por exemplo, o derriçador manual para café DCM-12 que está sendo relançado no mercado. O novo equipamento aumenta o rendimento na colheita, refletindo em maior produtividade e menor necessidade de manutenção. Com design diferenciado e com melhor abrangência das hastes na planta, tornando a derriça mais rápida e eficiente, o aparelho dispõe de lubrificação interna a cada dois anos, sem a necessidade de reposição diária de graxa.  

Outros destaques na FEMAGRI são o secador rotativo; o lavador mecânico para café – que além de lavar o grão, retira folhas, talos, terra e outras impurezas; conjunto para benefício de café – que numa estrutura compacta, incluindo catador de pedras, descascador, peneira oscilante e separador, oferece ao produtor a condição de preparo de um bom lote de café; e carretas basculantes. Além disso, ferramentas motorizadas portáteis que facilitam o dia a dia do produtor na lavoura estarão no portfólio de produtos expostos no evento.
  
A tecnologia para o processamento dos grãos também estará presente na FEMAGRI por meio de equipamentos que vão desde abanadores, silos, catadores de pedras, lavadores, mesa densimétrica até secadores, polidores, descascadores, entre outros. O produtor de café poderá conferir nos estandes das empresas soluções para a mecanização de armazenagem, beneficiamento e movimentação de granéis. Ainda na fase pós-colheita, a Feira contará com empresas que apresentarão linhas de produtos para: Fazenda, Armazém, Laboratório/Torrefação, Transportadores e Implementos.

De acordo com Carlos Paulino, presidente da COOXUPÉ, a presença de grandes empresas do setor na FEMAGRI “é uma ótima oportunidade para os cafeicultores conhecerem as novidades e as soluções para o manejo mecanizado na lavoura, sobretudo as possibilidades para os pequenos produtores investirem na automatização de suas culturas de café mesmo que a característica delas ainda seja a agricultura familiar”, aponta. Outra oportunidade aos cooperados da COOXUPÉ, destaca o presidente, é que “eles podem oferecer o seu próprio café como a moeda de troca, aproveitando o valor da saca no dia para fechar um negócio como a compra de um maquinário”, explica Carlos Paulino.  

A FEMAGRI terá uma área voltada para negócios, onde uma equipe de 40 vendedores e 12 agrônomos de filiais da COOXUPÉ estarão à disposição dos visitantes para responder as principais dúvidas e auxiliar nas transações comerciais.

Agenda:
Evento: FEMAGRI – Feira de Máquinas, Implementos e Insumos Agrícolas / COOXUPÉ
Data: 13 a 15 de março de 2013
Local: Av. Vereador Nelson Elias, 1300b - Bairro Japy - Guaxupé/MG
Mais informações: www.cooxupe.com.br

via Phábrica de Ideias

Stoller lança fertilizante Mover


Complexo de micronutrientes contribui para o enchimento dos frutos

Após quatro anos de pesquisas oficiais e demonstrações a campo da eficácia da tecnologia, a Stoller lança o Mover. O novo produto é um complexo de micronutrientes que melhora a eficiência das plantas durante a fase de enchimento dos frutos. O Mover coopera para que os alimentos que estão nas folhas sejam drenados de maneira mais eficaz aos frutos, melhorando o peso e a qualidade da colheita. Por isso, a  produtividade da lavoura aumenta e gera lucros maiores aos agricultores.

O professor de fisiologia e bioquímica vegetal, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), João Domingos Rodrigues, enfatiza que atualmente os produtores têm fácil acesso a produtos de alta tecnologia, auxiliando assim na obtenção de boas colheitas. “Deve-se fazer uso dessas tecnologias, em termos de produtos nutricionais e hormonais que, se usados adequadamente, dentro das recomendações, propiciarão colheitas expressivas”, recomenda.

via Priscilla Bellini | Newslink

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Hortaliças viram tema sobre pesquisa de mercado em São Paulo, Brasília e Fortaleza


Caracterizar o setor de hortaliças comercializadas nas centrais de abastecimento de Brasília, São Paulo e Fortaleza, observando-se as características de cada localidade, sob o ponto de vista de produtores, comerciantes e consumidores. Essa foi pesquisa feita  pelo agrônomo Francisco Herbeth Costa, da área de Transferência de Tecnologia da Embrapa Hortaliças (Brasília-DF), que realizou visitas de campo a três das principais centrais de abastecimento do País, colhendo dados e informações a respeito dos respectivos desempenhos de olerícolas como a berinjela, pimentão, cenoura, melão, melancia e pepino, frente ao mercado em geral. 

De acordo com o agrônomo, o conceito de qualidade referente às hortaliças em questão revelou-se bem distinto entre o público pesquisado – enquanto para o agricultor a principal referência diz respeito à produtividade, doenças e precocidade, a resistência ao manejo e a longa vida do produto são os principais atrativos no caso do comerciante. Por outro lado, para o consumidor a aparência seguida pelo sabor são os fatores que determinam a sua escolha. “Após essas verificações, podemos estabelecer que para uma cultivar de hortaliça receber plena aceitação desses segmentos precisa aliar as características inerentes à sua família botânica (tamanho, forma, cor) com aquelas que conferem maior conservação, boa aparência e sabor”, considera Herbeth. 

E, de acordo com o gosto do freguês, vão sendo construídas, aqui e ali, algumas preferências que terminam influenciando a cadeia produtiva. Os frutos grandes da melancia, por exemplo, têm mercado garantido, ao contrário daqueles de tamanho menor, associado à alta frequência de frutos imaturos e, portanto, que não apresentam as mesmas qualidades organolépticas (cor e sabor), o que influencia o seu preço de compra e venda. “E não é por acaso que a principal cultivar mais comercializada no Brasil é a americana ‘Crinsom swett’”, informa o agrônomo, que tomou por base os locais visitados, notadamente a Ceagesp – vista como uma amostragem do que acontece no País -, considerada o maior entreposto de legumes, frutas e hortaliças da América Latina.

Ao contrário da melancia, no melão não é o fator doçura que influencia o seu comércio. O melão tipo amarelo, apesar de apresentar o menor teor de sólidos solúveis, ou seja, é menos doce, é o preferido pelos produtores da região Nordeste que, como maior produtora e exportadora, optou por produzir um material que apresenta um período maior de conservação pós-colheita. “Nesse caso, a longevidade ganha.” Mas não em todos os mercados.

Em São Paulo e em Brasília, o melão amarelo é o mais vendido, mas em Fortaleza é a variedade tipo “Cantalupe” a campeã na preferência dos consumidores. “Esse melão é mais doce, mas tem vida pós-colheita bem menor”, anota Herbeth, que entre outras aferições aponta a valorização do pimentão verde graúdo, frente ao médio; enquanto que no pimentão vermelho é o tamanho médio que tem maior cotação. 

O resultado desse trabalho de coleta e análise será o foco do seminário “Perfil de Consumo/Mercado de Hortaliças no Distrito Federal, São Paulo e Fortaleza, nas principais centrais de abastecimento do País”, que será apresentado no dia 15 de março na Unidade de pesquisa de hortaliças. “Acredito que as informações poderão servir de indicativo para o melhorista nortear o rumo das pesquisas com as hortaliças em questão”, sublinha o agrônomo.

Centrais
O sistema brasileiro de distribuição atacadista de alimentos, baseado em grandes centrais de abastecimento, é responsável pela principal parcela do abastecimento de produtos frescos no Brasil. Movimentando anualmente mais de 15 milhões de toneladas de produtos hortigranjeiros, estima-se que cerca de 60% do volume de hortaliças produzidas são comercializadas pela rede de Ceasas.

por Anelise Macedo / Embrapa Hortaliças
via Rosângela Evangelista da Silva Comunicação Embrapa/Brasília/DF

Rainhas de abelhas sem ferrão podem ser produzidas em larga escala


A multiplicação de colônias de abelhas sem ferrão ganha novo impulso com as inovações obtidas por um grupo de pesquisadores. Larvas que dariam origem a operárias são retiradas da colônia e superalimentadas em laboratório até se desenvolvem em rainhas. Dessa forma, é possível produzir milhares de rainhas a partir de uma única colônia matriz.

Para ver imagens da criação de abelhas rainhas in vitro, clique aqui.

O trabalho consta em artigo dos pesquisadores Cristiano Menezes (Embrapa Amazônia Oriental), Ayrton Vollet-Neto (Universidade de São Paulo) e Vera Imperatriz Fonseca (Universidade Federal Rural do Semi-Árido) que ganhará as páginas da revista Apidologie, uma referência na área de abelhas. 

Embora a técnica tenha sido desenvolvida pela pesquisadora Conceição Camargo há cerca de 40 anos, os resultados ainda eram muito baixos. “A meliponicultura (criação de abelhas sem ferrão) é uma atividade que tem crescido e as colônias disponíveis ainda são insuficientes para atender à demanda”, avalia o pesquisador Cristiano Menezes. Com as inovações da pesquisa ora publicada, colônias poderão ser reproduzidas em larga escala. 

Técnica - Na maior parte dos gêneros de abelhas sem ferrão, a rainha não provém de uma linhagem especial, mas é resultado da maior ingestão de alimentos. “Larvas que comem pouco se tornam operárias e larvas que comem muito geram rainhas”, resume Menezes. Dessa forma, é possível manipular a alimentação das larvas para induzir a formação de rainhas. No ambiente natural, as células onde são depositadas as larvas das futuras rainhas recebem até oito vezes mais alimento do que aquelas destinadas às operárias.

A pesquisa tratou de estudar e aprimorar os protocolos já estabelecidos para criação das larvas de abelhas rainhas. “Os alvéolos de cera anteriormente usados para colocar o alimento e as larvas foram substituídos por placas de acrílico, melhorando a assepsia e acelerando o processo”, explica Menezes. Além disso, diferentes opções de controle de umidade foram avaliadas e um protocolo mais adequado foi estabelecido. Novos procedimentos na coleta do alimento larval e das larvas também foram adotados. “Depois de muitos experimentos foram obtidas taxas de até 98% de sobrevivência entre as larvas criadas em laboratório”, afirma Menezes.

O trabalho foi realizado com a espécie Scaptotrigona depilis, conhecida popularmente como mandaguari. Essas abelhas formam colônias populosas (cerca de 10 mil), produzem grande quantidade de mel e são importantes polinizadoras de culturas agrícolas, como morango e café.

Essa técnica de produção de rainhas in vitro também pode ser usada para a maioria das outras abelhas sem ferrão, entre elas a "abelha mosquito" (Plebeia minima), potencial polinizadora de cupuaçu; a “canudo” (Scaptotrigona postica), potencial polinizadora de rambutã, taperebá, açaí, além de grande produtora de mel; e a “marmelada” (Frieseomelitta varia), espécie ótima para produção de própolis na região amazônica.

Além de aperfeiçoar a multiplicação de colônias de abelhas sem ferrão, o novo método também vai contribuir com os trabalhos de melhoramento genético. “Ao se identificar entre diversas abelhas rainhas a mais produtiva, será possível reproduzi-la mais intensamente”, conclui Menezes. Segundo o pesquisador, a técnica também oferece novas possibilidades para o estudo da biologia do desenvolvimento das abelhas sem ferrão, bem como o efeito de doenças e produtos químicos na saúde desses insetos.

O artigo An advance in the in vitro rearing of stingless bee queens já está disponível (online first) no site da revista Apidologie: http://link.springer.com/article/10.1007%2Fs13592-013-0197-6

por Vinicius Soares Braga com Cristiano Menezes
Embrapa Amazônia Oriental

via Rosângela Evangelista da Silva Comunicação Embrapa/Brasília/DF

Encontro Microrregional do Agronegócio discute parceria com prefeituras


Reunião em Varginha será realizada nesta quinta-feira

A Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), por intermédio da Subsecretaria do Agronegócio, realiza nesta quinta-feira (21), em Varginha, o Encontro Microrregional do Agronegócio do Baixo Sapucaí. 

O evento tem o apoio da Associação Microrregional (Ambasp) e vai reunir prefeitos, secretários municipais de Agricultura, presidentes de cooperativas, sindicatos de produtores rurais e dos Conselhos Municipais de Desenvolvimento Rural Sustentável, técnicos da Emater, IMA e Epamig, pesquisadores, professores e estudantes de ciências agrárias de universidades.

Este encontro faz parte de uma série que já está programada ao longo do ano em diversas regiões mineiras. Segundo o subsecretário do Agronegócio, Baldonedo Arthur Napoleão, a aproximação com os municípios tem por objetivo, principalmente, a valorização do papel das lideranças e dos executivos municipais no apoio ao desenvolvimento da agropecuária local. “A ideia é criar condições para que as prefeituras e instituições representativas locais atuem efetivamente na promoção do crescimento do setor, em parceria com o Estado”, explica.

De acordo com o subsecretário, durante o evento, serão apresentadas duas propostas com o objetivo de instrumentalizar as prefeituras para que tenham condições de assumir um papel de liderança no fomento da atividade. Uma delas é a apresentação de um modelo de projeto de lei para a criação de secretarias municipais de agricultura nas cidades onde elas ainda não existem.

Departamento Agropecuário
A outra proposta, segundo Baldonedo Napoleão, é a criação de um Departamento Agropecuário (Depagro) em cada associação microrregional de municípios. “Este departamento vai desenvolver suas atividades em estreita articulação com as políticas públicas estabelecidas pela Seapa e suas instituições vinculadas (Emater, Epamig, IMA e Ruralminas), com as instituições de ensino e pesquisa que operam no apoio ao desenvolvimento agropecuário e, especialmente, com as secretarias de agricultura dos municípios que integram cada associação”, afirma.

O evento também é uma oportunidade para apresentar os principais programas agropecuários desenvolvidos pela Seapa e as entidades que compõem o Sistema Operacional da Agricultura, além de trabalhos desenvolvidos por instituições parceiras. No encontro de Varginha, serão apresentados os programas Minas Leite e Minas Carne, Agricultura de Baixo Carbono, a utilização de subprodutos agropecuários na alimentação animal, o panorama do desenvolvimento florestal no Estado e da cadeia produtiva da cachaça, os cenários mundial, nacional e mineiro do agronegócio e o papel dos municípios, e o uso da macaúba como matéria-prima para produção de biodiesel.

“Os temas são escolhidos de acordo com a aptidão, a demanda e o interesse de cada região. Nosso interesse é que toda a informação técnica disponível seja levada às lideranças regionais e que seja transformada em conhecimento”, afirma Baldonedo.

A meta da Subsecretaria do Agronegócio é realizar de 8 a 15 encontros microrregionais neste ano. Alguns eventos já estão confirmados nas regiões do Alto Rio Grande (Lavras), região dos municípios da região de Inconfidentes (Itabirito), Circuito das Águas (Caxambu), Campos da Mantiqueira (Barbacena) e Vale do Paraibuna (Juiz de Fora).

Encontro Microrregional do Agronegócio do Baixo Sapucaí
21/02/2013 (quinta-feira)
9h às 17h
Rua Presidente Evaristo Soares, 20 – Vila Pinto Varginha/MG
Auditório Raymundo Cândido – OAB

via Márcia França | Comunicação SEAPA

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

“Boi Sábio” é o novo personagem da Ourofino Agronegócio


Experiente no campo, personagem será aliado do produtor brasileiro, com dicas e soluções para a pecuária

Ele viveu na roça por toda vida. Experiente e matuto, já enfrentou grandes desafios. Hoje, com sua sabedoria e inteligência, chega para ser o aliado do produtor brasileiro, com dicas e soluções para a vida no campo. O Boi Sábio é o novo personagem da Ourofino Agronegócio, empresa brasileira que atua na fabricação de produtos veterinários e defensivos agrícolas.

Criado com o objetivo de estreitar e intensificar a relação de confiança com os clientes, o personagem estará a partir de agora presente em todos os canais de comunicação da companhia, orientando os pecuaristas de forma simples, rápida e didática sobre como aliar produtos, protocolos e manejo para garantir a saúde dos animais. Com experiência no assunto, os conselhos do Boi Sábio serão impressos em materiais da empresa, sempre acompanhados pelo jargão “Já dizia o Boi Sábio”.

“Ele é inteligente, confiante e, acima de tudo, experiente. Já viveu muitas situações no campo e, por isso, pode auxiliar os colegas. É como se fosse o vizinho da fazenda que já vivenciou muito e, por isso, tem história para contar”, explica Claudia Schmidt, publicitária e gerente do Departamento de Criação da Ourofino. Com a vivência do Boi Sábio, o produtor rural aprenderá, por exemplo, as melhores soluções no combate à diarreia, à tristeza parasitária, à mastite, aos carrapatos, às moscas e aos bernes e verminoses em geral.

“A Ourofino possui um grande portfólio de produtos e oferece soluções para diversas situações vividas pelo produtor para manter a sanidade dos bovinos de corte e de leite. O Boi Sábio vai ensinar os pecuaristas a utilizar os nossos produtos de maneira mais eficiente, de modo a obterem os melhores resultados”, explica Jean Pericole, médico veterinário e gerente de produtos da Linha Bovinos de Leite.

O lançamento oficial do Boi Sábio será no dia 19 de fevereiro no programa “Ourofino em Campo”, transmitido pelo Canal do Boi (via parabólica) em diferentes horários: 7h05, 12h45, 17h05 e 18h45. O personagem, com suas mensagens e ensinamentos, vai ilustrar materiais impressos da companhia, produções audiovisuais, redes sociais e pontos de venda em todo o Brasil.

Sobre a Ourofino Agronegócio
Com 25 anos de história, a Ourofino Agronegócio é uma empresa brasileira que atua na fabricação de produtos veterinários e defensivos agrícolas. A companhia possui duas unidades fabris (Cravinhos–SP e Uberaba–MG) e emprega de forma direta mais de 1.300 pessoas. Seus produtos são distribuídos e comercializados em todo território nacional e nos mercados de vários países. A companhia mantém convênios e parcerias com as principais universidades e institutos de pesquisa para o desenvolvimento de novos produtos.

A Ourofino é a empresa brasileira mais bem colocada na lista do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sinadan). A Ourofino não só oferece ao mercado as melhores soluções em agronegócio, mas também leva qualidade à mesa do consumidor por meio de sua importante participação na cadeia produtiva de alimentos.

Giovanna Bambicini | Máquina 

Canadenses participam de evento sobre setor sucroenergético

Canadenses participam de evento sobre setor sucroenergético na FEA-RP/USP

"Brazilian Sugarcane Industry Overview" apresentará à comitiva da Escola de Negócios da Universidade de Alberta, do Canadá aspectos do setor sucroenergético no Brasil

Alunos e professores do MBA Natural Resources Energy & Environment (NREE), da University of Alberta School of Business (Canadá), chegam a Ribeirão Preto no próximo dia 20 interessados em aprofundar seus conhecimentos sobre o setor sucroalcooleiro como fonte de energia renovável. O grupo participa do evento "Brazilian Sugarcane Industry Overview", que será realizado na Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA-RP/USP).

O evento faz parte do itinerário dos canadenses, que ficarão no Brasil de 17 a 24 de fevereiro e passarão também pelas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro. Ainda na região de Ribeirão Preto, eles visitarão uma usina sucroalcooleira, em São Joaquim da Barra.

De acordo com Roberto Fava Scare, um dos coordenadores do Agrofea, Programa de Pesquisa em Agronegócio da FEA-RP, o Brasil tem muito a ganhar com o interesse do Canadá pela indústria da cana-de-açúcar. "O interesse dos canadenses, que são muito preocupados com a questão de sustentabilidade, faz com que haja reconhecimento e abertura de novos investimentos no setor", avalia o professor e pesquisador, que será o mediador do evento.

Brazilian Sugar Cane Industry Overview
Durante o evento serão apresentadas duas palestras, em inglês. A primeira: New Challenges for Brazilian Sugar Cane Industry (Novos Desafios para a Indústria Brasileira de Cana-de-açúcar), será ministrada por Mairun Junqueira Alves Pinto, mestre em Adminstração de Organização pela FEA-RP e pesquisador da Markestrat.

Na segunda palestra, Eduardo Peres, CEO da empresa Agroenergia Comercializadora de Energia, falará sobre Natural Resources and Bio-Energy: The Role of Sugar Cane Industry in Brazilian Energy System (Recursos Naturais e Bioenergia: O Papel da Indústria de Cana-de-açúcar no Sistema Brasileiro de Energia).

Programação do evento:
9h00: New Challenges for Brazilian Sugar Cane Industry - Mairun Junqueira Alves Pinto (pesquisador da Markestrat)
10h30: Natural Resources and Bio-Energy: The Role of Sugar Cane Industry in Brazilian Energy System - Eduardo Peres (CEO Agroenergia)

Onde: Anfiteatro Prof. Dr. Ivo Torres (Bloco A da FEA-RP/USP)
Quando: 20 de fevereiro

via Comunicação FEA-RP/USP

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Conab vai levantar custo de produção do algodão colorido


Um grupo de técnicos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) vai se reunir, na próxima semana, com representantes do setor produtivo de algodão colorido da Paraíba, para coletar informações que vão auxiliar no levantamento do custo de produção da fibra. Os dados farão parte de proposta do governo para a Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM).

Eles estarão, na segunda-feira (18), em São João do Rio do Peixe e, na terça-feira, em Juarez Távora, no interior do estado, quando ouvirão produtores rurais e representantes de cooperativas agrícolas e de organismos ligados à assistência técnica e de pesquisa, além de agentes financeiros.

O algodão colorido é utilizado em confecções artesanais em muitas regiões nordestinas e fonte de renda de muitas famílias, segundo informações dos próprios técnicos. O cultivo é realizado ainda de forma rudimentar e estende por uma área que já chegou a 1.800 hectares, mas que hoje não passa de 400 ha. 

O convite feito à Superintendência da Companhia no estado pelos produtores busca o apoio dos órgãos federais, principalmente agora que a seca na região destruiu plantações e vem dificultando o cultivo da fibra. 

via Raimundo Estevam/Conab

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP abre concursos


A Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (USP) está com as inscrições abertas para o concurso que selecionará um professor doutor para lecionar a disciplina Clínica das Doenças Nutricionais e Metabólicas, ligada ao Departamento de Clínica Médica.

O salário é de R$ 8.715,12 e as inscrições vão até o dia 8 de abril.

No dia 18 de fevereiro, serão abertas as inscrições para outro concurso para professor doutor, mas para lecionar na área de Criobiologia Aplicada à Reprodução Animal, do Departamento de Reprodução Animal.

O salário também é de R$ 8.715,12 e as inscrições seguem até o dia 18 de abril.

As inscrições para os dois concursos devem ser feitas no Serviço de Apoio Acadêmico da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP, situado na Av. Prof. Dr. Orlando Marques de Paiva, 87, no Bloco 17, na Cidade Universitária "Armando de Salles Oliveira", em São Paulo.

Mais informações no site :

via | Agência FAPESP

Como as plantas funcionam


O Departamento de Ciências Florestais (LCF), da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (USP/ESALQ), está com inscrições abertas para o curso “Como as Plantas Funcionam”. A atividade mostrará ao aluno os conceitos básicos da fisiologia vegetal, com linguagem simples e acessível, com o incremento de práticas laboratoriais com os vegetais, elucidando os detalhes das reações fisiológicas, incluindo conceitos teóricos.

Todas as experiências compartilhadas nas aulas poderão ser utilizadas no final do curso, quando acontece um passeio a uma das Estações Experimentais do LCF. Durante a visita ao Horto Experimental de Anhembi ou Itatinga, no interior de São Paulo, os alunos assistirão a vídeos institucionais sobre o local, participarão de caminhadas e ganharão mudas de espécies nativas, estimulando a propagação da silvicultura urbana.

As aulas ocorrerão no Laboratório Didático Multiusuário do LCF, de março a junho de 2013, sempre às sextas-feiras, das 14h às 18h. O curso é gratuito e terá carga horária de 100 horas, com 64 horas presenciais e 36 horas não presenciais.

Para participar é necessário ter computador pessoal e uma conta de e-mail. As inscrições poderão ser realizadas até 28 de fevereiro, pelo site http://uspdigital.usp.br/apolo. Em 28 de fevereiro, os inscritos receberão contato pelo e-mail cadastrado com as instruções para efetuarem matrícula.

Informações adicionais com Alexandre Vendemiatti, pelo telefone (19) 2105.8654, ou pelo e-mail alvendem@usp.br .

via Caio Albuquerque | Comunicação/USP ESALQ